"Ungido do sangue de minha esfera física
Tornei-me anjo de algum inferno
Me apontam os dedos
Me decretam como falso testemunho
Mas o que sabem de mim
Essas vidas aprisionadas nesta cruel prisão
De serem eternamente quem são?"
sábado, 14 de abril de 2018
domingo, 25 de março de 2018
RAPAZZIS
Nós que já não somos os mesmos meninos puros
Já perdemos nossa infância nos mangues
De tantas tamanhas carnes,
Nos ofertamos a jovens, a velhos, a plebeus,
e ricaços
Não decidimos pelo clero ou pele raça
Tabelamos os preços em ruas, em praças
Efetuamos o labor da lida com suor e cansaço
Assim a vida nos cobra o seu regaço
Vamos indo, vindo, e vindo vamos indo
Nossa tragicômica tragédia
É como na ópera a ária
De um calçadão às vias da Happia
Distribuímos fartamente o sexo, o carinho, a
compreensão
A porrada, o castigo, e a desilusão.
Caímos nesse rumo sem rumo por que o mundo
Não nos deu melhor opção
Trabalho pesado?Não nascemos em tábuas
Para sermos servos, peão
Nossas mãos que são macias, tanto afagam,
tanto amarram
Levamos a venda, a única coisa que temos por
nossa
Nossa mísera morada, nosso soberbo castelo
Ápice da alma,... Miséria da carne
Deste flagelo do que chamam vida
Perecemos de nossas próprias chagas feridas
E ao cair o poente
Algo nos faz, algo perto do que é ser gente
Re – tornamos a vender nosso melhor produto
Aquele o qual já não é o bendito o fruto
Assim nos somos o que somos
Distribuímos o prazer a quem o consome
Seja mulher, seja gay, seja “u” homem.
LÁ VAI O POETA...
Lá vai o poeta bêbado
Que se embriagou na própria nostalgia
Procura agora uma rua morta
Onde a lâmina cava rasga a aorta.
Lá vai o poeta louco
Que enlouqueceu de tanta sanidade
Querendo rimar rimas ricas
Onde antes não tinha nada
Agora, busca vãs palavras
Para criar sua filosofia desmiolada.
Lá vai o poeta pouco
Que de tão pouco, por pouco, não soçobrou
Esmiuçou-se a quase pó, tamanho
Foi o dó, que por fim , sozinho e só
Abundou de forma tal que até sobrou.
Lá vai o poeta doente
Que se enfermou de amor,
Até o ranger dos dentes
Mostrar o peito, furado, o coração
Tombado
Infarto de melancolia
Chora à lua à noite, cria de dia
Assim se cura, tonto de poesia.
Lá vai o poeta nômade
Que não tem casa, nem lar
Almoça poesia, janta Neruda
Esmiúça na lama fria, de cor de pia,
O solo firme onde finca
O adeus de todo o santo mísero um dia.
Lá vai o poeta flor
Que flori na prima Vera
E por ela recria uma nova tragédia
Romeu e Julieta vinte vezes ao dia.
Caminha numa procissão serena
Emudece, se sobre ele, as pálpebras dela
desce
Suas varias cores criam novos aromas
E no fim, após vil soma despetala
O que escreve...
Lá vai o poeta pranto
Que se mina de água , se veste com manto
E se deságua em verso
Pelo avesso se encharca
Se afoga de mágoa e pó.
Desse pó molhado edifica
No edificar se consola
No consolo se consolida
No consolidar cria
E criando...
Lá vai o poeta canto
Que cantou ao vento que despiu seu manto
Tirou de si o peso de ser santo
De bom foi tanto
Que o pranto esqueceu, secou o choro
Abriu o riso até expor o siso
E nisso, disso, se fez canção
Até raiar as andorinhas e se fazer verão.
Lá vai o poeta gente
Que nasce, cresce, cria, chora, e sente
Por vezes transa, por vezes ama, às vezes
mente
E no fim, por vezes morre... Ou alguém se
esquece.
Lá vai o poeta mudo
Que nada diz.
FILHOS
Cantei pedradas de orgulho
Pois de meu peito vê-se um furo
E ergo soberano meu castelo...
Meu beijo de flagelo
Denegriu seu corpo em meio
Te dou meu falso ventre
Te mato de fome com meu seio
Meu sonho se fez receio
Deslizando ogros gritos de putrefação
Meu lábio peão pede
Gere grão em grão a semente
Que sorri mas mente
E me mate
Pois adubarei nossa vil semente
Que nascerá
Saudável
Mas demente.
CAUDA DE ESCORPIÃO
Quem dera que meus olhos
Fossem
Flechas, setas, lanças
Para lançar em ti dardos de dor
Cuja única cor
É o negro do antigo amor.
De minha ira sairia toda a guerra
Até que seu nome
Já coberto pela hera fosse esquecido
E em seu lugar
Haverá surgido outra forma
À qual fonemas novos dedico,
E o fim é algo por demais antigo.
Porém minhas lanças jamais esquecerão
Do veneno forte da cauda do escorpião
Que inserido em suas lâminas
Fatalizaram seu nome, seu ombro
O homem
A quem doei certos dias
Erro comum
Amar é ser apenas um
Não é como a amizade
Dividindo por todos o que é
De apenas um.
SONETO AO ÚLTIMO AMOR
Me lembro daquela manhã tardia
Quando meus olhos buscavam aos seus
E minha fronte resplandecia
Um permanente eco de um adeus.
Quando seus vinte anos
De junto dos meus doze partia
Eu, criança, sem ver, planos
Tecia. O vento, não se mexia.
Foi quando seu nome soou
Intimamente vago pelo quarto,
Eu pranteei junto aos carvalhos,
Ouvi a porta, por quando fechou,
No meu peito as dores do parto
Em meio ao primeiro cair de orvalhos.
ACTOR
Ator
Flor que nasce do ócio
Germina-se na labuta
De pétalas de amor ou ódio
Ri, chora, lamenta, luta
Cortinas que se abrem
Mãos que se unem, aplaudem
E começa
O operário da cena
Alicerce do teatro
Criar a dama, o vagabundo,
Habitantes do palco
Cidadãos de todo o mundo
E imunda de nostalgia a elegia de cada ato
Voa o vôo inato de asas de cera
A primavera se revigora
Ícaro se aprimora
A platéia atenta, olha
O ator compor o ato
Como o poeta o verso
E, desse fato nasce
O mendigo, o rei
O louco ou o frei
O soldado, ou não sei
Cria o tema
Pontua a grande cena.
O ator é um operário
Cria do nada o concreto.
O CORPO
Última veia que vasa por quanto és vaga
Faz de minha dramaturgia, de poeta,
Vaso rico de poesia
E assim cria, do medo manso
Sonetos
Cuja rima explore meu dorso
Do excesso do meu corpo urgi
Trocando a consoante que no final
Se iguala a cruz
Putrefaça o meu nome e faz
Jazer esse recipiente de sangue e órgãos
Pois todos são grãos
Grãos podres de árvores sempre secas
Me lembram meu ventre, por você irrigado
Porém estéril no látex
Promessas
Palavras jogadas em vão, pedra ume cheirando
A sabão
Pobre de mim, quero ser pão
Pão doce feito com sal.
Sou mal?
THEATRO
Espasmo – orgasmo
Semente e flor
Núcleo – útero – cor
Assim caminha só
De sozinha
A poesia lindamente nua
A alma crua atravessa a rua
Exterminando órgãos
O coração enfadonho enfartado
Vê-se farto desse ato
Decidido
Põe tudo em limpos pratos
Minha comédia
Não é dividida em atos
Mas em atores
E são essas flores de drama
Que florem meu vaso
Porém colorem de negro
Quando o que vejo
Se acaba...
Assim é o theatro.
O PARTO
Surgi de mim o segredo
Como surgi em ti o desejo
O clero, a pose, a madre, a lei...
E eu, o que sei eu que nunca li
A bula que não veio em ti.
Fiz do meu segredo o maior erro
Tolices, palavras jogadas em vão
Na tábua corrida de mim, morri
Não me matei, tornei-me eterno
E agora, a água e o ferro
Que não refletem o que sou
Me trancam na caixa negra, e esperam
Que eu surja para sacar a cruz
Eu rio do brilho da mesma sem luz
Suga
O morto vermelho que nunca vi
As últimas lágrimas
Do doloroso amor que pari.
Assim, nociva, a vida veio a mim
Não me deixou um beijo
E eu, leigo... Esqueci.
SHIVA
A mirra de meus sonhos extrapolou os meus
poros...
Eu caio, me ajoelho, lhe imploro
Olhai para mim.
O afago de teus olhos magoados são benções
Eu oro por ti, pra ti, resido na fossa de mim
O meu breu sagrado é amargo
É fel
Eu sou o negro rio do fio do céu
A Babel
Do meu veneno rico, o afinco e o aflito
Tomou as rédeas do destino
Alto deu seu grito
Ao horizonte nasce o infinito, o belo, o
clero, o bonito
E o rico cabelo de desterro se resignou ao
beijo
Escarrastes nos meus lábios o teu nojo de mim
Mas não arrancastes, porque não deixei, as
marcas
Que feliz deixastes em mim
Sim, eu sofri
A desgraça do sorriso de Abel para Caim
Cai nos buracos que eu mesmo fiz
Ri, podes rir
O amor é o último desterro, eu, velha,
Antiga história que o louco escreveu sem ler
Soube descrever a pintura fútil
Da virgem estéril
E o pote onde encerrei meu íngreme espirro de
vida
Quebrou
Escorre lentamente na tábua polida a saliva
Eu, Shiva, escrava branca da cega partida
Desmorono
Ao repique do surdo, mudo que diz
Farei, de tua desgraça, a linha matriz
Que minha voz, meretriz, calada, narre à
cicatriz...
Putas cores rubras de céus anis, de sons
primaveris
Saiam logo daqui. Eu morri no ódio de mim
Anda, crava a lâmina sem ferro do fim
Do ouro perdido, dos olhos de lince
Se eu fosse da Vinci pintaria você
Sempre
Olhando para mim.
A mirra de meus poros estrangulou os meus
sonhos.
A VOZ
Amar ao poeta é esquecer
Que o amor tem razão, ou meta,
É lembrar que em cada esquina
Comete-se um crime por uma boa rima,
É compreender que breve é o espaço
Do abraço
De se dar o laço
Assim, o dia vai e perpetua o mormaço
A letra escura se clareia, e à ceia
Serve-se nua a sereia morena
Que em Cáceres
Num cárcere me acena
Sendo então letal o fonema,
A brisa murcha, o céu se resigna
O Criador se ergue impávido
Chora em suas mãos por mim
Que despedaçado, carrego
Inda em meu peito, fragmentos de um coração
Porque então o que havia em mim enegreceu
Fez-se do lodo e do piche o meu castelo
Meu passo é o flagelo de Deus.
Foram-se embora todos os sonhos meus
A minha voz se fez calada, porque a pronuncia
Fez-se indesejada,por isso voz,fica calada
A mirra de teu som é desaprovada
E o teu excesso se fez notado
Reside em mim o perdão das minhas palavras
E o azedume dos dias nublados...
O apego ao sôfrego afago do negro cabelo
Que o ferro fez raspado é lembrança
Pois o fauno saciou-se na dança
E nas marcas do meu corpo,
Agora os copos estão vazios
E os meus dias tornaram-se vãos
O mendigo que me alimenta
Escarra em nosso pão
Esse alimento melado traz o suado corpo morto
ao chão
Logo raia o dia, e resplandecente brilha o
caixão
O grito da mulher inocente
Cala-se na voz do filho
Sofrido poeta morto em si
E em vão
Pois em volta tudo são mãos
A carregar alças e conter aflição.
O INFANTE
É obvio que já lhe amo menos
Pois de minha geometria aritmética
Subtrai todos os co-senos,
E de minha gramática literária
Alguns fonemas, consoantes, e vogais
Mas o poema, teima,
E sai...
Sai arrastando toda a razão
Explodindo em ouriços os orifícios da emoção
O cloro claro do mangue que choro
É o som da lamúria que oro.
Destruído o beijo seco e severo do amor
Colho os talos secos da flor de dor
E a única sombra perdeu a cor
No sol escaldante da ultima era
Negra, não nasceu à primavera, logo ela
Que faria desabrochar em mim, eu
Pois de meus dias nublados nem relâmpagos ou
trovão
Só o clarão dos tiros de píton
Onde em segredo o gozo melava o chão
E o sangue coagulado alimentava o embrião
Que morto no meu útero macho, chora
A saudade do falo, enquanto isso, calado
O coração entediado se enfarta, desse ato
Nasce o louco convertido em frei
E nasce o infante romano, varão e gay
Eu não sei
É obvio que lhe amo menos, porém
Sofro, mas me escarneço de prazer
E espero os anos que faltam até morrer.
É HORA DE CALAR: Um poema a quatro mãos
Continuo a cravar-te espinhos
E a causar-te dor
Não temos os mesmos caminhos
Eu não quero seu amor,
Parte de mim é anseio
Por querer o que não tenho,
Aquele seio,
Outra, o desespero
Por ter o que tenho
...E o nome de segredo fez-se popular
Aguardente de um balcão sombrio
Onde o brio amarga o paladar
Obscuro eu que desconheço, se revela
E eu não me reconheço
Rio, falo, agrido,...te maltrato
Sofrendo e revidando
Causando a Dor, novamente a Dor
Talvez de meu amor não correspondido
De Deus o meu castigo
Longe de seus olhos, suas mãos
Gostaria de ser inteiro
Pensa em mim sofrendo, doendo
Imagina o parto, o rasgo, a veia
Que expeli a vida, serve-se em ceia
Creia, o gosto amargo é fardo
...E o nome de segredo fez-se popular
Poeira que rola nas ruas
A lua nova se faz loira, morena, e cheia.
Agora, a mameluco sereia
Temperado por vinho de enxofre
Proporcionará o gosto da lagosta
Em postas de vitelas da mulher
Que amas...
Mas não me percorrera as tuas mãos
A desvendar as minhas tocas
Por cima de minha pele
Somente os suores das bocas
Que secas, suaves, loucas se embriagam
Assim viajam ao limitado infinito
De dias claros como olhos com ciscos
Contritos de espasmo e labor
...E o nome de segredo fez-se popular
Passa na reprise da tarde
O que arde no povo sempre a passar
Árduos castigos de umbigos sofridos
Com seus massacres sangrentos
Banhados em ungüentos de Akbar
Onde o menino nu caminha
Em direção ao futuro a raiar
Esperando somente o dia que teima
Em se prolongar
...E o nome de segredo fez-se popular
Como a cerimônia onde o homem
Colhe a serva no altar
Ela aceita a servidão sem chicote
Por meros vestidos e seus decotes.
Agora voz, cala-te, já é hora de calar.
domingo, 18 de março de 2018
FIM DE ANO
Sim,
chegou enfim ao fim
Essa
maratona de aprender
Mas
será tão bom assim
Não
mais esse sofrer?
E
os amigos que se faz
Ainda
hão de se rever,
São
dias que não voltam mais
O
que há para se fazer?
Agora,
cai-se nos braços das ruas
Numa
seqüência de desilusões,
Não
há mais poemas à Lua
Nem
amigos nos bailes foliões.
Agora
colhemos da vida, esmolas
Acabou
a aventura da escola.
SONETO AOS LAÇOS
O
leve beijo de um vento frio
Inebria
o corpo doente, triste,
Minhas
lágrimas formam o rio
Da
consciência que já não existe.
Nasce
a ânsia incontida
Por
todo aquele beijo
Ao
qual se proclamou perdida
Auroras
que hoje não vejo.
No
afã de consagrar-se
A
eterna rósea aventura
Criou-se
a lágrima que nasce
No
laço dos meus lábios de ternura.
E
é-se assim, o Lírio belo,
Tesouro
maior deste castelo.
MARCAS
Caminhos
crus de uma nudez parada.
Seguir
como, se desconheço
Qual
é a real jornada?
Errante,
o caminho inconstante
Eu
faço do moleque
A
ferida que cresce e mata.
Olhai,
com o teu olhar mais baixo
Vês?
Que
além dos vermes há
A
semente germinante
E
dela a qualquer instante virá
A
fúria de urânios...
Das
senzalas brotarão botões de desespero
E
conforme girar este novelo
Eu
hei de um dia vê-lo
Julgado,
depois atormentado,
Decapitado
E
longe, nos longes
Fundo
em meio a fundos
Um
par de olhos com lágrimas
Em
uníssono som
Alto,
em brado, gargalhará
Todos
em desequilíbrio se virarão
E
verão
A
menina toda de negro os fitará
Mostrando
as marcas de guerra
Nada
falara
Os
velhos, suas medalhas, uniformes, estopins, condecorações
Com
vergonha, o sangue a pulsar nas cicatrizes
Sairão
Reconhecendo
naquelas marcas o toque de suas mãos
Assistirão
em seus filhos, carrascos de si mesmos, desejando
O
revés de seus próprios partos
Enquanto
a menina, grande, maior que o mundo
De
alma límpida, fronte lavada
Sem
receio algum sairá com a mão ao seio
Em
meio ao mudo estridente receio
Da
multidão calada,atônita, sangrada
E
ai do infeliz que ver, e assim disser:
-Pobre
coitada.
AMOR NA ROÇA
Você
jamais saberá o gosto
Do
meu beijar
Pois
antes do beijo, eu choro
E
o beijar tem gosto de lágrimas
Que
ásperas
Não
servem para se afagar,
Sem
afago meu beijo fica mudo,
Cego,
atrofiado, e surdo
Órfão
dos carinhos rudes do mundo.
Insensatez
dos atos, atores
Que
representam à alegria
Quando
em penumbra se embriagam
Da
tristeza negra e moribunda;
Nasce
do segredo exposto
O
androceu trágico da rosa
Que
ao som fino da bossa
É
o parto feliz do morto
Poeira
no vento sulcado do rosto.
Do
gosto farto do enfarto
Renasci
do meu próprio mal
Enquanto
renasço me mato
Cansei
de um dia sempre igual
Onde
se esquecem do beijo
E
o leigo formou-se bacharel
Todo
de negro, canudo de papel
Se
esqueceu do analfabetismo
Do
seu sentimento de egocentrismo
Misto
de candura, loucura
Tomou-me
pela mão, e aplicou
A
mais injusta das severas surras
Enquanto
me beijava e me tomava
Ralhava-me
suas nuas juras
Com
medo, caminhei em ruas
Que
de tão escuras, embora minhas,
Jurava
serem suas...
O
gosto do meu beijo, que é lágrimas
Regara
o meu pomar de rosas
Enquanto
colhe-las terei cuidado
Para
que a poesia
Não
se transforme em mera prosa
E
assim, o androceu trágico da rosa
Sepultou
nosso amor. Na roça.
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