domingo, 25 de março de 2018

SONETO AO ÚLTIMO AMOR




Me lembro daquela manhã tardia
Quando meus olhos buscavam aos seus
E minha fronte resplandecia
Um permanente eco de um adeus.

Quando seus vinte anos
De junto dos meus doze partia
Eu, criança, sem ver, planos
Tecia. O vento, não se mexia.

Foi quando seu nome soou
Intimamente vago pelo quarto,
Eu pranteei junto aos carvalhos,

Ouvi a porta, por quando fechou,
No meu peito as dores do parto
Em meio ao primeiro cair de orvalhos.

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