domingo, 25 de março de 2018

CAUDA DE ESCORPIÃO



Quem dera que meus olhos
Fossem
Flechas, setas, lanças
Para lançar em ti dardos de dor
Cuja única cor
É o negro do antigo amor.

De minha ira sairia toda a guerra
Até que seu nome
Já coberto pela hera fosse esquecido
E em seu lugar
Haverá surgido outra forma
À qual fonemas novos dedico,
E o fim é algo por demais antigo.

Porém minhas lanças jamais esquecerão
Do veneno forte da cauda do escorpião
Que inserido em suas lâminas
Fatalizaram seu nome, seu ombro
O homem
A quem doei certos dias
Erro comum
Amar é ser apenas um
Não é como a amizade
Dividindo por todos o que é
De apenas um.

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