domingo, 25 de março de 2018

FILHOS




Cantei pedradas de orgulho
Pois de meu peito vê-se um furo
E ergo soberano meu castelo...
Meu beijo de flagelo
Denegriu seu corpo em meio
Te dou meu falso ventre
Te mato de fome com meu seio
Meu sonho se fez receio
Deslizando ogros gritos de putrefação
Meu lábio peão pede
Gere grão em grão a semente
Que sorri mas mente
E me mate
Pois adubarei nossa vil semente
Que nascerá
Saudável
Mas demente.

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