domingo, 25 de março de 2018

O CORPO



Última veia que vasa por quanto és vaga
Faz de minha dramaturgia, de poeta,
Vaso rico de poesia
E assim cria, do medo manso
Sonetos
Cuja rima explore meu dorso
Do excesso do meu corpo urgi
Trocando a consoante que no final
Se iguala a cruz
Putrefaça o meu nome e faz
Jazer esse recipiente de sangue e órgãos
Pois todos são grãos
Grãos podres de árvores sempre secas
Me lembram meu ventre, por você irrigado
Porém estéril no látex
Promessas
Palavras jogadas em vão, pedra ume cheirando
A sabão
Pobre de mim, quero ser pão
Pão doce feito com sal.
Sou mal?

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