Eu
jamais amei uma rosa
Como
amo teus espinhos
Que
a mim chagam
No
simples gesto de cometer um carinho,
Sinto
enorme prazer quando nas noites frias
Um
sofrimento atroz
Desata
suas cordas, sua voz
E
você é simplesmente meu.
Sua
dor é o momento sublime
Em
que o meu acalanto
Todos
os seus medos suprime
Pois
o espasmo fiel deste parto
Sangra
o meu beijo sozinho
Enquanto
me procuro, e não me acho
Corro,
caio, fecundo o velho ato
Algoz,
o anjo veloz corre ao rio
Colhi
suas lágrimas frias
Enquanto
tu rias, sabias
Que
eu sofria o meu sorriso?
Eu
nunca soube sorrir,
Eu
simplesmente abria a boca
E
mostrava os dentes.
Tende
infinita piedade de mim
Porque
somente eu sei o quanto amei
Ser
sangrado pelos teus espinhos
E
mais, curar minhas chagas
Sozinho.
Eu
jamais amei uma rosa
Por
não ter os teus espinhos
Que
sangram com carinho.
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