Hoje,
eu posso lhe dizer: adeus,
Olhar
para trás, e não chorar
Pois
minhas lágrimas secaram
Logo
após transbordar o segredo
Aquilo
que em mim não se dizia
Despiu-se
inteiro do velho medo
Contornando
de lilás as garras
Das
sombras íntimas e sepulcrais.
Vai,
ouça o que não digo
Meu
desejo é o meu maior castigo
Eu,
flor do objeto que é sofrido
Coloro
de tons sóbrios o esquecido
Pois
o que há de maior que o nada
Somente
a alma morta
A
virgem violentada que acalenta
Em
seus braços
A
desgraça em seu ventre gerado
Mirra
e incenso de desprezo e agonia
Por
ventura não é a manhã
A
voz que a noite tortura
Como
vencer então
A
extrema hora de desventura?
Tende
compaixão do meu sorriso
Ele
é tão verídico como a falsa flor
Todo
de plástico
É
só sarcasmo
Ranço,
ira, rancor
Quero
ver quem se despirá do pudor
E
feliz, assassinará o amor
Porque
eu, não sou nada
Sirvo-me
frio em baixelas frias
Temperado
por oliva, sal, e vinagre.
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