Vagam
calmas as minhas vozes
Enquanto
meus olhos
Rastreiam
voraz o seu nome
Cândida
exacerbação
Do
meu peito que se consome.
Ergue-se
aquela melodia
Extasiantemente
conturbada
Que
me despe no raiar do dia
De
tuas pálpebras abertas
A
prantearem
Lágrimas,
sempre lágrimas
Filhas
de um ciúme
Figuras
retas de um crime
Que
se confirma no teu beijo
Já
sem doce
Já
sem vida
Já
sem cor
O
beijo seco da floresta negra
Quando
dilacerado no peito
Jaz
ali o velho amor
Rosa
cálida de pétalas abertas
Murchando
sem calor
Ferindo
mais sua ausência
Que
os espinhos de sua flor.
Assim
trágica se rasga
A
veste do cupido
Que
do mármore esculpido
Se
vê, singela gota de dor.
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