Eu,
que fiz de meus sentimentos
Meretriz
Digo,
entre cores certas, o correto
Tom
da cicatriz pulsante
Pois
dela a qualquer instante
Virá
a sombra azul do mal
Nesta
hora despida de sinal
Não
haverá criatura que não seja
Branca
de cal
Frente
ao sorriso nítido e capital
Do
sopro angelical no anjo negro
Pois
após o fim deste segredo
Meu
corpo já não é água e sal
São
torrentes em enxofre
Onde
se cozi o cordão umbilical
Agora
conhecerão o alarido
Pelo
qual o amor é percorrido
Devido
a essa dor sofrida
Aborto
de mim meu melhor sorriso
Nenhuma
carícia pode chegar à alma
Então,
crucificado em tábua
Confesso
esta minha mágoa.
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