Hoje
quando acordei
Meus
pés saltaram do chão
E
todos os meus sentidos se enganaram,
Olhei
para o mundo
Enxerguei
seus olhos vidrados
E
sangrei
Sangrei
o fado do fardo dos homens
Fiz-me
simples
No
composto de todos nós
Metrifiquei
Meticulosamente
todos os sons
Porém,
eles se absorveram mutuamente
E
eu reconheci o meu fracasso.
Tangia
o pôr do sol...
Eu
não vi o seu dia
Sofri
Sofri
toda a flor da concepção
Da
raiz a rosa de meu verso,
Torturado,
até se confessar prosa
Enquanto
que saudade que sou
Mutava-me
a rio, subia
Ladeira
abaixo
Nos
braços dos sons das senzalas.
Quando
por fim o céu se abriu violeta
E
a grande flor do mundo
Exalou
facas e espinhos
Correram
os rubros da face
Eu
compreendi
Compreendi
que cada um
Destrói
a si mesmo
Quando
dirige a flecha ao alvo alheio
Eu,
que era senhor da guerra
Disparo
meu grito –
Bala
perdida no mundo –
Num
coração solitário.
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