Deus,
por favor,
Eu
preciso desesperadamente
De
um amor
Algo
similar e quântico
As
adições de dor,
Sarcasmo,
mau humor
Até
que exploda em espasmos
Em
fluídos gozados
A
pétala ungida de espinho
E
flor.
Como
nascer a palavra, a filha
Desesperada,
métrica do maldito estilo?
Como
sofrer essa Flor do Mal?
Como
colher como Baudelaire?
Saboreando
o inferno dantesco das lágrimas wildianas...
Não
há poesia fora dos grilhões!
Como
se pode exigir
Que
a veia tensa locomova o músculo roxo
Convertendo
teoria em souvenires
De
um coxo
Se
eu já não sei da dor.
Talvez
tenha esquecido como dói
Quebrar
as costelas do amor
Mas
já não possui cor esse arco-íris incolor
Pois
apesar de almejar ser livre
Nada
melhor que ser escravo,
Qual
o maior prazer:
Ser
sol ou tornar-se eclipse?
Não,
eu já não quero ser sozinho
Prefiro
à tapa a nenhum carinho.
Eu,
Poeta
tosco de versos urbanos
Construo
de arames meu sexo
Gero
em mim a vergonha envolta em panos
Sou
apenas, humano.
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