A dor invade a minha
alma
E minha saliva
mingua-me de sede
Como se afogasse o
mundo
Eu, imunda seda,
maltrapilhado trapo
Trago ainda em mim
A extrema tortura
esquecida
Que é o reflexo nas
águas de meu fim
Pois do puro marfim
que me fiz
Desci ao lodo mais
escuro e fiz-me
Mísera larva preta na
ânsia do dia
De erguer-me impávida
borboleta.
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